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domingo, 24 de setembro de 2017

Anvisa proíbe comercialização de herbicida associado à doença de Parkinson

Utilizado na agricultura em culturas como a de milho e de soja, evidências apontaram para risco da doença degenerativa em trabalhadores que entraram em contato com o produto.


Herbicida é utilizado para o combate de ervas daninhas em diversas culturas, como em plantações de soja (foto) (Foto: Werneck Almada/ Divulgação Ibama)


Após análise de nove anos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu pela proibição da comercialização e uso do herbicida 'Paraquate'.

O Paraquate é utilizado na agricultura no Brasil para o combate de ervas daninhas em culturas como a do milho, algodão, soja, feijão e cana-de-açúcar.

Análise de evidências científicas concluiu que o produto está associado ao desenvolvimento da doença de Parkinson -- condição neurológica degenerativa que leva ao tremor, rigidez, distúrbios na fala e problemas de equilíbrio.

Segundo relatório do GGTOX, grupo de trabalho de toxicidade da Anvisa, o produto tem qualificação toxicológica I, considerado extremante tóxico. A agência começou a analisar o produto em 2008.

De acordo com a análise das evidências científicas, o grupo considerou haver peso suficiente para comprovar o potencial do herbicida de induzir aberrações cromossômicas em células somáticas in vitro e in vivo, em diferentes espécies, e por diferentes vias de exposição, inclusive dérmica.


Ainda, em análise conjunta com a Fiocruz, que entregou nota técnica à agência em outubro de 2009, a Fiocruz considerou suficientes as evidências da literatura científica relacionadas à intoxicação aguda, mutagenicidade, desregulação endócrina, carcinogênese, toxicidade reprodutiva, teratogênese e doença de Parkinson.

No entanto, as evidências mais consistentes foram relacionadas à doença de Parkinson, o que levou o relatório da Anvisa a concluir que:

“Há um peso de evidência forte em estudos em animais e epidemiológicos indicando que o Paraquate está associado ao desencadeamento da doença de Parkinson em humanos.”

A agência diz, no entanto, que as evidências apontam para o risco do Paraquate em trabalhadores que entram em contato diretamente com o produto. Não há evidências apresentadas que o herbicida deixe resíduo nos alimentos.

A decisão da diretoria colegiada da Anvisa foi feita no fim da tarde de terça-feira (19). O prazo concedido para o total banimento do produto é de três anos.

Fonte: G1 Bem Estar



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Microplásticos contaminam água da torneira mundo afora

Fibras de plástico invisíveis estão presentes não apenas nos oceanos, mas também na água potável usada por milhões de pessoas, aponta estudo. De onde vêm essas partículas e como podem afetar a saúde humana?

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Agrotóxicos impactam o sangue e afetam doadores, diz dissertação defendida na USP.

Estudo na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto diz que glifosato pode promover alterações hepáticas e levar a danos ao fígado e anemia



Os agrotóxicos afetam também o sangue. Dos doadores aos receptores de transfusões. É o que diz uma dissertação de mestrado defendida este ano na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, e publicada nesta quinta-feira (10/08).

Os dados obtidos pela pesquisadora Fortuyée Rosa Meyohas Neves indicam menor sobrevida de plaquetas e hemácias do sangue nas populações expostas a agrotóxicos. “E que há metabólitos de agrotóxicos no plasma de indivíduos, potenciais doadores de sangue, expostos aos agrotóxicos”, escreve ela já na introdução.