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domingo, 24 de março de 2013

A atuação do enfermeiro na prevenção dos efeitos nocivos causados pelo uso indiscriminado do inseticida malation - Monografias.com

A atuação do enfermeiro na prevenção dos efeitos nocivos causados pelo uso indiscriminado do inseticida malation - Monografias.com: "A atuação do enfermeiro na prevenção dos efeitos nocivos causados pelo uso indiscriminado do inseticida malation"


Resumo

O malation é um inseticida organofosforado amplamente utilizado no Brasil e é responsável por inúmeros casos de intoxicações por agrotóxicos no país. A partir daí, torna-se importante o estudo de suas características, mecanismo farmacológico e toxicológico, manifestações clínicas por exposição, os tipos de diagnósticos e tratamentos disponíveis. Dentro desse contexto, este trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica que tem como objetivo verificar não somente os possíveis danos à saúde humana causado pelo uso indiscriminado do inseticida malation como também, reunir informações sobre agrotóxicos, identificar locais e grupos expostos a estes agentes tóxicos, analisar a epidemiologia de intoxicação por agrotóxico no Brasil, expor os tipos de intoxicação, verificar as medidas preventivas e de pronto-socorro de intoxicação descrevendo as ações do enfermeiro na prevenção, promoção e vigilância das intoxicações por malation.
Palavras-chave: Malation. Organofosforado. Inseticida. Intoxicação. Saúde Ocupacional. Saúde pública. Prevenção.

sábado, 23 de março de 2013

Contraponto sobre milho NK 603 na CTNBio



Boletim-622-22-de-marco-de-2013/

Esta semana, 14 integrantes e ex-membros da CTNBio apresentaram documento contendo defesa da pesquisa publicada por pesquisadores franceses que demonstraram maior incidência de tumores e mortalidade em ratos alimentados com o milho transgênico NK 603 da empresa Monsanto, com e sem o herbicida Roundup. O documento contém ainda uma crítica detalhada sobre cada um dos estudos que foram usados pelos detratores da pesquisa francesa. A iniciativa marca um contraponto ao documento que o presidente da Comissão encomendou a quatro pesquisadores para descredenciar o estudo de Séralini e sua equipe, e que foi publicado em português e inglês na página da CTNBio, mas não valor de posição do órgão, já que não foi ali discutido por sua plenária. O tema deve ser debatido na reunião de abril da Comissão.

O algodão transgênico, quando foi liberado para plantio comercial, ensejou a criação de zonas de exclusão no território nacional para evitar seu cruzamento com espécies nativas de ocorrência no Brasil. As áreas livres de algodão transgênico incluem a Amazônia, o Pantanal e o Seridó do Rio Grande do Norte. Esta semana o Ministério da Agricultura apresentou proposta para excluir o estado do Tocantins da zona de exclusão e assim liberar seu plantio comercial no estado. A medida abre as portas para a contaminação dos algodoeiros nativos, com efeitos desconhecidos no meio ambiente.

A empresa americana Amyris comunicou à CTNBio um acidente em uma de suas instalações no Brasil. Cerca de 20 litros de solução contendo leveduras transgênicas vazaram para o meio ambiente. O microrganismo foi desenvolvido para uso em contenção para produção de diesel de cana. Segundo a empresa, as medidas cabíveis de contenção foram tomadas. Mas a tranquilização maior partiu de um integrante da CTNBio que comparou as leveduras modificadas a “bichinhos de estimação”, referindo-se, segundo ele, à baixa capacidade de sobrevivência desses organismos no meio ambiente.

Ainda na reunião finalizada ontem, a assessoria jurídica da CTNBio informou que emitiu consulta ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para saber da extensão da sentença sobre o milho Liberty Link no curso da ação civil pública ajuizada por AS-PTA, Idec, Terra de Direitos e Associação Nacional dos Pequenos Agricultores. A ação pede, entre outros, a anulação do parecer da Comissão que autorizou o plantio comercial da semente da alemã Bayer. Em momentos anteriores, a ação obrigou a CTNBio a criar regras e protocolos, até então inexistentes, para liberação comercial de organismos transgênicos, de coexist&eci rc;ncia para evitar a contaminação de lavouras e para o monitoramento pós-comercialização de variedades modificadas. Como essas regras foram todas criadas mais por imposição do Judiciário do que por iniciativa do órgão que deveria legislar sobre o tema, a assessoria quer saber dos desembargadores a sua situação.

A assessoria ainda lembrou que no âmbito da Comissão vale a interpretação jurídica por ela emitida, contrapondo-se, no caso, às manifestações sobre transparência, publicidade e sigilo lá apresentadas pelo subprocurador da República Mário Ghisi, que foi enfático ao retomar o preceito constitucional que estabelece que, na administração pública, sigilo é a exceção, sendo publicidade a regra. Falta o momento em que a Comissão promoverá debate entre os dois a fim de esclarecer a atuação da Comissão e de seus membros diante dos pedidos de sigilo apresentados pelas empresas.

Não houve discussão sobre a liberação as variedades de soja e milho da Dow resistentes ao herbicida 2,4-D.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Debate sobre o uso de agrotóxicos














Temores sobre os transgênicos estão se confirmando, diz cientista gaúcho



Geneticista Flávio Lewgoy revela que já há vários casos comprovados no mundo de graves danos à saúde humana e animal provocados pelo uso de transgênicos. "O que os críticos dos transgênicos sempre disseram está aparecendo, e em grau exponencial, mostrando que se tratam de produtos de alto risco", afirmou o cientista à EcoAgência.

Porto Alegre, RS - Um parecer científico da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) sobre os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), dirigido ao Conselho Estadual de Saúde, põe mais lenha na fogueira desse debate. O texto afirma, com todas as letras, que estão comprovados os riscos dos transgênicos à saúde humana e animal.

Elaborado pelo químico e especialista em genética Flávio Lewgoy, ex - professor titular do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e conselheiro da Agapan, o documento destaca que, em 1999, ele já tinha alertado a respeito do potencial nocivo dos OGMs, como resultado dos genes alienígenas inseridos em seus genomas.

“Desde então, pesquisas científicas em renomadas instituições de vários países, bem como relatos de casos, evidenciam que esse potencial se concretizou, em alto risco à saúde pública e animal, com a liberação comercial de variedades Geneticamente Modificadas de soja e milho sem avaliação adequada”, afirma Lewgoy.

A seguir, ele enumera no documento de quatro páginas, com a citação das fontes científicas, vários exemplos disso. Tais pesquisas, observa, foram publicadas em periódicos científicos internacionais, de reconhecida seriedade, após rigorosa revisão por painéis de especialistas da mesma área – o chamado “peer review”. “Os artigos expõem anomalias na bioquímica, sistema imune, anatomia, crescimento, reprodução e comportamento em animais aliementados com batatas, milho ou soja geneticamente modificados”, assinala Lewgoy.

Pesquisas com roedores

São impressionantes, por exemplo, os resultados citados de pesquisas com roedores alimentados com transgênicos.

No Rowett Institute, em Aberdeen, Escócia, roedores jovens alimentados com a batata transgência mostraram, após 110 dias, lesões pré-cancerosas no aparelho digestivo, limitado desenvolvimento do cérebro, fígado, testículos, pâncreas, intestinos dilatados e danos no sistema imune, relataram os cientistas Puztai e Ewen, autores do estudo.

Já a doutora Irina Ermákova, da Academia de Ciências da Rússia, publicou que ratas alimentadas com soja RR (tolerante ao herbicida glifosato, liberada no Brasil) tiveram excesso de filhotes malformados e com pouca sobrevida: os sobreviventes eram estéreis. Além disso, num comunicado ao 14º. Congresso Europeu de Psiquiatria, ela advertiu ainda que a mesma dieta elevou os níveis de ansiedade e agressividade dos roedores.

Com resultados bem semelhantes, cientistas das universidade de Urbino, Perguia e Pavia, na Itália, revelaram que a alimentação de camundongos com soja RR provocou alterações no pâncreas, fígado e intestino dos roedores.

Reações humanas ao algodão, milho e soja


Na Índia, em seis aldeias, os trabalhadores de plantações do algodão Bt (transgênicos) tiveram afecções de pele, olhos e aparelho respiratório. Detalhe importante: todos tinham, anteriormente, trabalhado com algodão não geneticamente modificado (convencional), sem apresentar esses problemas de saúde.

Em outro caso relatado por Lewgoy, nas Filipinas, em 2003, cerca de 100 pessoas que viviam perto de uma plantação de milho Bt Mon810 tiveram reações cutâneas, intestinais, respiratórias e outros sintomas quando o milho começou a florescer. “Testes do sangue de 39 pessoas acusaram a presença de anticorpos contra a toxina Bt, o que reforça a suposição de que o pólen seria a causa do episódio. Esses sintomas reapareceram em 2004, em ao menos quatro outras localidades onde foi plantado o mesmo cultivar de milho”.

Já na Grã-Bretanha verificou-se um grande aumento nas alergias à soja após a introdução do produto GM. “Em 1999, em curto espaço de tempo, alergias causadas pelo consumo de soja tiveram um salto na incidência de 10% para 15%”.

A soja geneticamente modificada foi introduzida justamente naquele ano no país. E os testes sangüíneos para anticorpos revelaram reações diferentes das pessoas a variedades de soja não-transgências e transgênica (que tem maior concentração de uma proteína alergênica, por “coincidência”).

Mortes de animais

Após a colheita do algodão, no distrito de Warangal, em Andhra Pradesh, Índia, 10 mil ovelhas que pastaram folhas e brotos das plantas transgênicas adoeceram e morreram em cinco a sete dias, conta o geneticista. A causa provável apontada foi a a toxina Bt (do produto transgênico), sendo que não houve mortes de ovelhas nos campos de algodão não-Bt.

Enquanto isso, em Hesse, Alemanha, doze vacas leiteiras de um rebanho, alimentadas com folhas e sabugos de milho Bt 176, duplamente transgênico, resistente ao herbicida glufosinato e secretor da toxina Bt, morreram. A Syngenta, fornecedora das sementes pagou 40 mil euros de indenização ao fazendeiro, mas as amostras coletadas para exames de laboratório sumiram, misteriosamente.

Por outro lado, em fazendas dos Estados Unidos constatou-se que, entre ração transgênica e não-transgênica, os animais preferem a última: “Em testes feitos em fazendas, vacas e porcos repetidamente rejeitaram milho GM Bt. Animais que evitaram alimentos GM (soja RR, milho Bt) incluem vacas, porcos, gansos selvagens, esquilos, veados, alces, ratos e camundongos”, destaca o parecer.

Crítica à CTNBio

Quando aprovou a liberação comercial do milho transgênico da Bayer (resistente ao herbicida glufosinato), recentemente, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) afirmou que a espécie não é potencialmente causadora de degradação ao meio ambiente ou de prejuízos à saúde humana e animal. “Esta afirmação não se sustenta nos fatos”, critica o cientista gaúcho e conselheiro da Agapan.

Segundo ele, as duas únicas pesquisas publicadas a respeito foram duramente criticadas por pesquisadores independentes por serem mal elaboradas, mas mesmo assim detectaram problemas no uso do produto. Um experimento com galinhas, cita Lewgoy, mostrou que as aves alimentas com ração de milho geneticamente modificado tiveram o dobro da mortalidade, além de menor ganho de peso. A segunda experiência empregou a proteína PAT, que o milho transgênico sintetiza, e filhotes de ratos alimentados por 13 dias com baixas ou altas doses da proteína tiveram problemas de crescimento.

Além disso, completa, são muito reduzidos ou inexistentes os estudos sobre a digestão no organismo humano e animal do herbicida e seus metabólitos (empregados na planta e na espiga transgênica), bem como sua interação com os microorganismos do aparelho digestivo.

Riscos preocupantes


“Os riscos de saúde, humanos e animais, do consumo de transgênicos agrícolas, expostos e documentados neste parecer, imediatos – por exemplo, alergias – e a médio e longo prazo, afetando os sistemas nervoso, digestivo e imune, são preocupantes”, afirma o geneticista.

Na conclusão do documento, ele recomenda que seja exigido o cumprimento da lei que determina a rotulagem dos produtos transgênicos disponíveis aos consumidores. Orienta também para que o Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul e dos demais estados e municipios tomem medidas judiciais para impedir o licenciamento e liberação comercial dos transgênicos que não tenham passado por rigorosas avaliações, feitas por cientistas independentes, declaradamente sem conflitos de interesse, ressalta.

“Os defensores dos transgênicos estão ficando acuados, os fatos sinalizam que alguma coisa há de errado. Estamos na véspera de grandes acontecimentos para derrubar os mitos dos transgênicos, que só existem pelas enormes quantias que as empresas do setor investem”, disse Lewgoy à EcoAgência.

Genoma é muito complexo

O geneticista destaca que o genoma é extremamente complexo, por isso é impossível aos cientistas que trabalham na produção de transgênicos controlar todos os seus efeitos.

Para ele, estes fatos todos só não têm vindo à público por omissão da imprensa e cumplicidade de boa parte dos cientistas, alguns ingênuos – acreditando que ser contra os transgênicos é ser contra a ciência – e outros silenciados ou pagos pela indústria. Mas dois cientistas brasileiros já abandonaram a CTNbio por não concordarem com os procedimentos do órgão na avaliação dos OGMs, lembra.

Por estranho que pareça, destaca, há muitos cientistas norte-americanos contestando os OGMs e que estão sofrendo represálias por isso: “O poder financeiro dessas empresas é estarrecedor, mas não estão conseguindo mais tapar o sol com a peneira, há uma série de denúncias contra os transgênicos, estamos vivendo outros tempos”, acredita o cientista.

terça-feira, 19 de março de 2013

OGM: o momento da verdade



Pela primeira vez na história foi realizado um estudo completo e de longo prazo para avaliar o efeito que um transgênico e um agrotóxico podem provocar sobre a saúde pública. Os resultados são alarmantes e estão sintetizados nesse documentário.

O estudo, realizado pela equipe do professor Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, na França, foi publicado ontem (19/09) em uma das mais importantes revistas científicas internacionais de toxicologia alimentar, a Food and Chemical Toxicology

Fonte: http://aspta.org.br/2012/09/ogm-o-momento-da-verdade/

Mais sobre esse tema:

http://muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com.br/search/label/Transg%C3%AAnicos


Veja Também:


Estudo revela toxicidade alarmante dos transgênicos para os ratos

Todos somos cobaias! Efeitos de transgênicos e agrotóxicos sobre a saúde humana

Produtos transgênicos ameaçam a humanidade

Cientistas russos afirmam que os produtos geneticamente modificados produzem esterilidade

Pimentão Envenenado

ARTIGO - TASSO AZEVEDO .


Organofosforado, piretroide, benzimidazol, metilicarbamato de oxima, dicarboximida, ditiocarbamato, clorociclodieno e pirimidinil carbinol. Estes são alguns dos agrotóxicos de uso proibido no Brasil cujos resíduos foram encontrados em 1 de cada 4 amostras de frutas, legumes e verduras realizada em todos estados brasileiros em 2010 em estudo publicado pela ANVISA como parte do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos conduzido pela agência desde 2001.

Se se somarem a estes dados os residuos de agrotóxicos autorizados, mas em quantidade superior aos limites de tolerância, quase 30% amostras apresentava irregularidades e representam uma ameaça a saúde dos consumidores.

Observado os dados para diferentes culturas, é ainda mais chocante. Se você, assim como eu, adora pimentão (hábito que herdei de meu pai), a chance de estar comendo um produto contaminado com estes agroquímicos é de mais de 90%. 

Os agrotóxicos são um dos principais responsáveis por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que segundo Nota Técnica da ANVISA podem gerar sintomas como dores de cabeça, alergia e coceiras até distúrbios do sistema nervoso central ou câncer.

Segundo o Ministério da Agricultura entre 2002 e 2011 a produção agrícola cresceu cerca de 46%. No mesmo período o consumo de fertilizantes nitrogenados cresceu 89% e de agrotóxicos cerca de 60%.  O Brasil é desde 2008 o maior usuário de agrotóxicos do planeta, quase 20% do mercado mundial.

O uso excessivo de agroquímicos não impacta apenas a qualidade dos alimentos, mas tem consequêcias na contamição dos cursos dágua, do solo e dos trabalhadores expostos a estes produtos.

Curiosamente, apesar da gravidade dos resultados da pesquisa anual – com pouca ou nenhuma evolução ao longo dos anos – a ANVISA limita-se a fazer recomendações sobre ações que poderiam reduzir a contaminação. Ninguém é responsabilizado por vender produtos contaminados com agroquímicos proibidos, não licenciados ou fora dos limites de tolerancia de resíduos. Esta situação seria equivalente a encontrar  1 em cada 4 produtos de um comércio com data de validade vencida e não tomar qualquer atitude de responsabilização. Não faz sentido.

Segundo o estudo da ANVISA, em apenas 30% das amostras foi possível identificar o produtor ou associação de produtores responsável pelo produto. Ou seja, a cadeia de valor não tem sistemas que permitam saber a origem dos alimentos que eles vendem e tão pouco tem sistemas para aferir a presença de residuso químicos irregulares destes mesmos alimentos.

É fundamental que os orgãos de controle, como a ANVISA, exijam dos varejistas a garantia de que 100% dos produtos estejam livres de contaminação. E, em tempos de responsabilidade social corporativa em alta, é imperativo que os varejistas se antecipem e comecem a trabalhar imediatamente na cadeia de fornecimento para garantir que somente alimentos seguros e saudáveis cheguem as suas prateleiras.

Quero voltar a olhar para o pimentão como um alimento saudável que faz lembrar os hábitos de infância e não o risco de contaminação.

Fonte: Blog do Tasso Azevedo

Veja também:

NOVO RELATÓRIO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA SOBRE O PROGRAMA DE ANÁLISE DE RESÍDUOS NOS ALIMENTOS - 2012  

domingo, 17 de março de 2013

Projeto em Extrema, MG, reconhece e paga por serviços ambientais



Do Globo Rural

Nascentes alimentam riachos que formam o Jaguari, rio que é bebido inteirinho pela população da região metropolitana de São Paulo.

O trabalho de recuperação que acontece nas encostas já valeu vários prêmios. O mais recente foi entregue na semana passada em Dubai, Emirados Árabes, um importante prêmio da ONU, que reconhece o projeto “Produtor de Água” como uma das melhores práticas mundiais de conservação.
O Globo Rural acompanha este projeto desde o início. Em 2008 agricultores foram registrados no caixa da prefeitura recebendo dinheiro pela conservação das nascentes em um programa pioneiro de pagamento por serviços ambientais com recursos do município, de ONGs e dos governos estadual e federal.

Na época, o conservador das águas tinha 40 contratos, eram 40 propriedades, e cobria uma área de 1,2 mil hectares. Agora, já são 150 propriedades, totalizando 7,3 mil hectares, o equivalente a quase 9 mil campos de futebol como o Maracanã, que passaram a contribuir para uma melhor e maior produção de água no município.

É notável a melhoria das técnicas na expansão do projeto. No começo de tudo, o material de fazer cerca subia a montanha no lombo de uma mulinha, hoje eles já contam com o apoio de tratores para levar mourões, arame, ferramentas e mudas.

O grupo de reflorestamento, que tinha quatro pessoas, já conta com 20 trabalhadores feito linha de montagem. Uma turma vai na frente, abrindo as coroas e, para abrir as covas, em vez das antigas cavadeiras, uma máquina perfuradora de solo faz o buraco. Alguém joga o adubo e também mecanicamente, é feita a implantação da muda. A plantadeira deposita hidrogel no fundo da cova, assegurando umidade à raiz por longo tempo, evitando irrigação e garantindo um pegamento de 95%, segundo o gerente da equipe, Arlindo Cortez.

A nova metodologia agregou a conservação das encostas. Em uma primeira empreitada, 40 quilômetros de canais foram abertos, técnica milenar que evita erosão e retém mais água no terreno.

Extrema virou uma vitrine de bons exemplos e a expectativa era de que a experiência se alastrasse país afora, mas até agora é bem pequena no Brasil a quantidade de programas que pagam o produtor rural pela prestação de serviços ambientais. Não passa de 20 o número de projetos em todo o território nacional.

Acesse o link abaixo e tenha acesso a reportagem completa:


Veja também:



sábado, 16 de março de 2013

Pulverização aérea será probida no Paraná

O secretário do Meio Ambiente do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, deputado licenciado pelo PMDB, distribuiu gravação de áudio, neste sábado (16), sobre o projeto, de sua autoria, que ainda tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa sobre a proibição da Pulverização aérea no Paraná.


quinta-feira, 14 de março de 2013

Faça um repelente caseiro contra pragas do jardim

Emater incetiva o uso de plantas para combater pragas


Paraná aumenta 284% quantidade de orgânicos na merenda escolar -




O Paraná vai servir neste ano 2.537 toneladas de alimentos orgânicos na merenda escolar dos alunos da rede estadual da educação. Além de aumentar em 284% a quantidade deste tipo de alimento em relação ao ano passado, a secretaria estadual da Educação ampliou em 61% o número de escolas atendidas com produtos orgânicos na merenda.

No ano passado, 456 escolas, em 69 municípios paranaenses, ofertaram alimentos orgânicos na merenda dos alunos. Para 2013 serão 735 escolas, em 92 municípios. O número de fornecedores também subiu de 10 para 22 cooperativas e associações de produtores orgânicos.

“O Paraná deu um grande salto na qualidade da alimentação escolar e virou referência no país. Aumentamos em quase 1.500% a destinação de recursos para compra da agricultura familiar, e dentro disto priorizamos produtos orgânicos”, disse o secretário de Estado da Educação e vice-governador, Flávio Arns.

Os orgânicos compõem um total de 12.477 toneladas de alimentos que serão fornecidos no decorrer do ano por pequenos produtores rurais. No ano passado, a agricultura familiar abasteceu metade dessa quantidade de alimentos para a merenda dos alunos da rede estadual.

Neste ano o Governo do Paraná destinou R$ 32 milhões para compra de produtos da agricultura familiar, valor que poderá chegar a R$ 45 milhões até dezembro. Em 2010, o investimento não passou de R$ 3 milhões.

A tendência de aumento da agricultura familiar e de orgânicos na merenda das escolas paranaenses deve continuar nos próximos anos. “Os produtores estão animados com resultados e investem na mudança da cultura convencional para orgânica. Todos ganham no processo, os alunos que recebem uma alimentação mais saudável, os produtores que ampliam sua renda e o meio ambiente que é poupado dos defensivos”, diz a diretora de Infraestrutura Logística da Secretaria, Márcia Stolarski.

De pai para filho: Filho de agricultor, o aluno Elinton Ceccon, 16 anos, 3ª ano do ensino médio do Colégio Estadual Abrahan Lincoln, de Colombo, acredita que o consumo de produtos orgânicos dentro da escola estimula uma dieta saudável e os benefícios do cultivo destes produtos. “Acho importante consumir o alimento orgânico, ajuda a melhorar a saúde, é mais nutritivo e pode incentivar outros produtores da região a produzir o orgânico, contribuindo para não poluir o ambiente”, conta Elinton.


A agricultura familiar na merenda é um grande incentivo para o cultivador Edilson Ceccon, pai do aluno e um dos fornecedores do colégio. Cerca de 60% da produção de hortaliças e de tubérculos da sua propriedade é destinada às escolas da região de Colombo, por meio do programa de Agricultura Familiar. “É a certeza de que a produção tem venda garantida. Motiva a gente não parar. Se não fosse assim (agricultura familiar), não tinha incentivo para produzir o alimento orgânico”, diz o agricultor Edilson Ceccon.

Para a aluna Camila Santana da Silva, 16 anos, 3º ano, do Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello, em Castro, a merenda está mais variada com alimentos que antes não faziam parte do cardápio escolar. “Agora está bem melhor. Todo dia temos uma coisa diferente, tem bastante salada, legumes e isso é muito bom para a saúde”, diz Camila.

A agricultura familiar fornece semanalmente para as escolas açúcares, carne, ovos, cereal, feijão, frutas, hortaliças, iogurte e similar, legumes, leite, outros lácteos, panificados e sucos.

Para chegar ao patamar atual, a Secretaria, em parceria com a Celepar investiu, no desenvolvimento de um sistema eletrônico que permite às cooperativas e associações participantes das chamadas públicas elaborarem suas propostas de venda para as escolas de todo o Estado. Este sistema faz também a classificação dos fornecedores conforme proximidade das escolas, tipo de produto (convencional ou orgânico) e participação de produtores de assentamentos e comunidades tradicionais como indígenas e quilombolas.


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terça-feira, 12 de março de 2013

O Ataque das lagartas. Praga devasta lavouras de Milho geneticamente modificado em VARIAS regiões do Pais.


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Atualização em 15/03/2013


A matéria abaixo trata do assunto sem informar ao leitor os motivos que ocasionaram a explosão populacional dessa lagarta. A expansão das lavouras transgênicas Bt, que são plantas inseticidas, está reduzindo fortemente a presença dos predadores naturais da Helicoverpa, até então uma praga secundária, mas que na ausência de seu inimigo natural vem se multiplicando e causando os estragos a que se refere o texto. A indústria da biotecnologia-agrotóxicos lucrou vendendo as sementes transgênicas e junto a promessa de redução do uso de agroquímicos; agora vai lucrar de novo com a venda de inseticidas para a “emergência fitossanitária”. De novo a pergunta, qual a responsabilidade dos que autorizaram esses cultivos no Brasil sabendo que esses danos era previsíveis?

Lagarta pode levar governo a decretar situação de emergência A helicoverpa, uma lagarta comum em lavouras de milho, passou a causar danos significativos em plantações de soja e algodão Autoridades do governo federal discutiram ontem a possibilidade de ser decretada situação de emergência fitossanitária no país em virtude da proliferação da Helicoverpa, uma lagarta comum em lavouras de milho que passou a causar danos significativos em plantações de soja e algodão, com prejuízos estimados R$ 2 bilhões nas últimas duas safras no Brasil.

. A incidência da lagarta, comum no milho, migrou para o algodão e a soja. E agora preocupa os produtores. – É a questão da resistência de pragas, principalmente lagartas no milho, caso da helicoverpa, que está migrando para a soja porque o inseticida BT natural, que é transgênico e está no milho, não está controlando essa lagarta. Ela é muito agressiva, é muito feroz. Também ataca o algodão, e migrou agora para a soja – fala o diretor técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), Ivan Paghi.

Na Argentina, uma condenação histórica contra o Herbicida glifosato






A Justiça de Córdoba condenou a três anos de prisão (que serão cumpridos em trabalhos sociais) um latifundiário e o piloto de um avião que fumigou plantações de soja numa região urbana. Dois componentes químicos – endosulfán e glifosato – foram espalhados, em 2004 e 2008, nas plantações de soja de Francisco Parra, vizinhas ao bairro de Ituzaingó, em Córdoba. Foi a primeira vez que a Argentina condena o uso de glifosato, produzido pela Monsanto.

O artigo é de Eric Nepomuceno(*).


Buenos Aires - A Argentina é um país de julgamentos. Agora mesmo estão sendo julgados antigos ditadores, generais que ordenaram assassinatos e roubos de recém-nascidos, agentes das forças armadas e da polícia que participaram do terrorismo de Estado durante a ditadura cívico-militar que imperou entre 1976 e 1983. E, como se fosse pouco, um ex-presidente, o frouxo e confuso Fernando de la Rúa (dezembro 1999-dezembro 2001), aquele que foi posto para fora por manifestações populares e escapou da Casa Rosada pelo telhado, está no banco dos réus, acusado de subornar senadores peronistas, de oposição, para que votassem a favor da nova legislação trabalhista.

Com tanto vai-vem, com tanto entra e sai de tribunais, uma sentença determinada por um tribunal de Córdoba, a segunda província e a segunda maior cidade do país, abriu espaço e conquistou atenções: num julgamento considerado histórico num país de julgamentos históricos, a Justiça cordobesa condenou a três anos de prisão (que serão cumpridos em trabalhos sociais) um latifundiário e o piloto de um avião que fumigou plantações de soja numa região urbana. Dois componentes químicos – endosulfán e glifosato – foram espalhados, em 2004 e 2008, nos inseticidas fumigados pelo piloto Edgardo Pancello nas plantações de soja de Francisco Parra, vizinhas ao bairro de Ituzaingó, em Córdoba.

Foi a primeira vez que a Argentina condena o uso de glifosato, produzido pela multinacional envenenadora Monsanto – a mesma que desenvolveu o ‘agente laranja’ utilizado pelos Estados Unidos na guerra do Vietnã e produz sementes transgênicas utilizadas em vários países, o Brasil inclusive.

É o resultado de uma luta de dez anos dos moradores de Ituzaingó e de outras localidades argentinas, que denunciam as conseqüências do uso do glifosato nos agrotóxicos produzidos pela Monsanto e fumigados a torto e a direito país afora. O embriologista argentino Andrés Carrasco, que há anos denuncia os altíssimos riscos de contaminação do agrotóxico Roundup, fabricado pela Monsanto à base de glifosato, já havia antecipado, à exaustão, o que o tribunal de Córdoba agora concluiu: quem usa esse produto comete crime ambiental gravíssimo.

Contra todos os argumentos da envenenadora multinacional, o tribunal de baseou em dados inquestionáveis: de 142 crianças moradoras de Ituzaingó que foram examinadas, 114 contêm agroquímicos em seu organismo, e em altas quantidades. Foram constatados ainda 202 casos de câncer provocados pelo glifosato, dos quais 143 foram fatais num lapso curtíssimo de tempo. Houve, em um ano, 272 abortos espontâneos. E dos nascidos, 23 sofrem deformações congênitas. Moram em Ituzaingó pouco mais de cinco mil pessoas, o que dá uma dimensão clara dos males sofridos.

A cada ano que passa cerca de 280 milhões de litros de Rondup – ou seja, de glifosato – são despejados nos campos argentinos. São cerca de 18 milhões de hectares aspergidos ou fumigados nas plantações de soja transgênica, que significam 99% de tudo que o país produz. O mais brutal é que essa soja nasce de sementes geneticamente modificadas, produzidas pela própria Montanto. O glifosato contido no Roundb destrói tudo – menos a semente.

Ou seja, a multinacional do veneno criou uma semente que é a única que resiste ao agrotóxico produzido pela mesma indústria. Até agora, as denúncias de Andrés Carrasco, diretor do Laboratório de Embriologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, haviam esbarrado num muro aparentemente intransponível: em 1996, o glifosato foi autorizado por lei na Argentina, durante o governo de Carlos Menem.

Detalhe: a lei foi aprovada a toque de caixa tomando como base estudos financiados pela própria Monsanto. Das 135 páginas do tal estudo, 108 estavam escritas em inglês. Sequer se deram o trabalho de traduzi-las.

Há outras denúncias, há outros processos. Também em Córdoba foram detectados casos assustadores na localidade de Matabrigo, cercada de plantações de soja transgênica fumigadas com glifosato.

O glifosato continua sendo usado em campo aberto. Mas, na Argentina, já não poderá mais ser aplicado em áreas próximas às zonas urbanas. Além de abrir jurisprudência no país, a sentença do tribunal cordobês abre um precedente importante para milhares de processos em andamento em toda a América Latina.

Aqui no Brasil, nada muda. O veneno continua sendo um dos motores principais do agronegócio. Em nosso país, o volume de pesticidas e agrotóxicos utilizados no campo é mais de três vezes superior ao da Argentina. Somos campeões mundiais de veneno, e tudo continua igual. A Monsanto continua, impávida, envenenando o dia a dia de milhões de brasileiros.

Aliás, e por falar em Monsanto: alguém se preocupou em saber como anda a questão da soja transgênica semeada no Paraguai e fumigada ou aspergida com glifosato? Ou seja, alguém se preocupou em saber até onde a reforma agrária defendida pelo deposto presidente Fernando Lugo afetaria os interesses da Monsanto no país?

(*) confira o artigo na fonte original acessando:




Humus Líquido

domingo, 10 de março de 2013

Gestão Ambiental Rural




Nos programas de Gestão Ambiental Rural, há algumas tarefas que precisam ser cumpridas antes de se iniciarem os estudos, pois elas têm por fim orientar e embasar as pesquisas e ações necessárias.

Definir objetivos
Como todo trabalho de Gestão, o primeiro passo é definir os objetivos a serem perseguidos. Estes podem estar relacionados ao atendimento à(s) exigência(s) de uma Norma, o desejo de obter uma certificação, como a da ISO 14.000 ou obter um crédito bancário.

Reunir dados
Definidos os objetivos, o próximo passo é a coleta de dados que possam servir como parâmetros de comparação dos estudos ambientais posteriores, entre esses, as Normas e Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA.

Procurar ajuda
Em se tratando de um tema complexo e multidisciplinar, pode ser que o Gestor sinta a necessidade de se assessorar com alguém da área rural, quando surge de imediato a imagem da Empresa Municipal de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER, ou mesmo, pesquisas na Internet.

Elaborar Plano de Ação
Sanadas as dúvidas iniciais, há que se elaborar um Plano de Ação, que deverá contemplar os estudos a serem realizados durante os levantamentos de escritório e de campo da etapa seguinte.

Durante
Durante os estudos, devemos fazer um check list de todas as variáveis técnicas e ambientais que envolvem as atividades agropecuárias.

Veja a baixo as mesmas.

SOLO
O solo é o palco das ações agropecuárias e onde, geralmente, ocorrem as maiores agressões ambientais, sejam de origem antrópica ou dos animais de criação. A maior delas é a erosão, em geral causada pelo desmatamento, falta de cobertura do solo e práticas agrícolas mal conduzidas (como o plantio morro-abaixo, p.ex.). A cobertura vegetal do solo é a maior garantia do efeito danoso do impacto das gotas de chuva e do escorrimento superficial, que provoca erosão e assoreamento; uma prática agrícola muito recomendada para isso é a cobertura morta (disposição na superfície de restos vegetais da colheita anterior). Os tratos conservacionistas que o agricultor possa dispensar ao solo agricultado são fundamentais para a sua conservação, com destaque para as curvas de nível, terraceamento, drenagem e combate às voçorocas.

ÁGUA


Dois aspectos relacionados à água sobressaem nos estudos de Gestão Rural: o da quantidade a ser utilizada na propriedade e a poluição dos mananciais disponíveis. Do volume retirado dos mananciais, a grosso modo, 70% destinam-se à Agricultura (principalmente irrigação), 20% vão para as Indústrias e apenas 10% servirão para atender às necessidades da População. Assim, a quantidade de água usada na zona rural tem um peso considerável na demanda por novas fontes e precisa ser minimizada. Por outro lado, a carência de redes públicas de esgotos, de estações de tratamento, contrastando com a enorme quantidade de animais (principalmente bois, porcos e galinhas) cujas fezes são lançadas nos córregos sem qualquer tipo de tratamento, contribuem para a poluição das águas de superfície e subterrâneas.

AR
A maior agressão à Natureza na zona rural relacionada à poluição do ar, diz respeito às queimadas. Seja das matas virgens para a abertura de novas áreas de criação/plantação, como pelo costume de por fogo nos vegetais para renovação das pastagens e colheita da cana-de-açúcar. Além da fuligem, que provoca a emissão de CO2 e problemas respiratórios, as queimadas prejudicam o solo, a visibilidade (acidentes de carro e de avião são frequentes) e até a interrupção de energia elétrica. Outros, são o mercúrio dos garimpos e as nuvens de agrotóxicos levadas pelas correntes aéreas.

PLANTAS

O manuseio das culturas agride o meio ambiente quando o agricultor se utiliza de agrotóxicos e adubos ou quando lança nos córregos o sub produto da atividade sucro alcooeira: o vinhoto. Os agrotóxicos são aplicados, muitas vezes, sem os devidos cuidados ambientais e em doses exageradas, contaminando o solo, o homem e os mananciais. Os adubos em excesso também alteram a química e a biologia do solo e enriquecem as águas com nitrogênio (N) e fósforo (P), causando a sua eutrofização. O vinhoto originado do processamento industrial da cana-de-açúcar, é um dos maiores poluentes conhecidos. Costuma ser lançado ao solo, como adubo, mas causa grande prejuízo à fauna aquática (morte de peixes), por roubar o oxigênio dissolvido na água.

ANIMAIS

A pecuária tem sido apontada, recentemente, como uma grande vilã nos agravos ao meio ambiente. Veja porque. Comparado com o homem, é considerável o volume de fezes produzido por animais de grande porte, como os bois, cavalos e assemelhados. Suínos e aves, nem tanto mas, devido ao seu elevadíssimo número, acabam tendo grande repercussão. Essas fezes, via de regra, são lançadas no solo e escorrem para os cursos d´água sem nenhum tipo de tratamento, poluindo os mananciais. Estudos recentes conduzidos em países desenvolvidos, revelaram que o arroto do boi, por força da fermentação estomacal, é rico em gás metano (CH4), um dos maiores vilões do efeito-estufa e cerca de 21 vezes mais perigoso do que o gás dióxido de carbono (CO2). O simples pisoteio das manadas bovinas é suficiente para compactar o solo, dificultando o enraizamento e provocando a erosão.

BIOMAS
Uma das maiores ameaças provocadas pela expansão atual das atividades agropecuárias, diz respeito ao desmatamento e à degradação dos principais biomas brasileiros, com destaque para a Floresta Amazônica. Desse modo, durante os estudos ambientais nas propriedades rurais, uma das maiores preocupações dos Gestores Ambientais é medir e preservar a possível área ocupada pelo bioma que ali se encontrar. A conservação desses biomas é fundamental para a manutenção da biodiversidade.

INFRA ESTRUTURA
A verificação da necessidade, da existência e da conservação da infra estrutura parcelar é muito importante para a Gestão Ambiental Rural. Dentre essas, destacam-se, as estradas vicinais, os canais e drenos e o saneamento básico.

Ações
Realizados os estudos básicos sobre as atividades agropecuárias que possam estar degradando o meio ambiente, cumpre ao Gestor Ambiental sugerir as ações que possam prevenir danos e corrigir distorções.

Entre elas, destacam-se:

PREVENTIVAS
O preparo adequado do solo é a prática agrícola mais efetiva para evitar erosão, conservar a umidade e poupar energia na zona rural. Isso envolve a aração com o implemento adequado, na profundidade correta e quando o solo se apresentar com a umidade certa. Outras práticas, como a construção de terraços; a sistematização quando se cogitar dos métodos de irrigação por superfície; a drenagem de áreas alagadas; etc, também são fundamentais.
O bom manejo da água é outra medida preventiva muito importante, pois evitará desperdício, empobrecimento do solo (lixiviação), economia de energia (no bombeamento) e menor gasto com material. No caso da irrigação, p.ex., sempre que possível, dar preferência aos métodos localizados, como micro aspersão e gotejamento.
As práticas corretas de plantio são uma terceira ação preventiva dos danos ao meio ambiente. Envolvem o plantio em nível (morro-abaixo, nunca) e a cobertura morta (restos vegetais sobre o terreno), entre outras.

CORRETIVAS
Sempre que as ações preventivas não puderem ser aplicadas, as corretivas devem mitigar o problema. Algumas delas são:

a) RAD (recuperação de áreas degradadas);
b) Reflorestamento (replantio da área com espécies nativas ou comerciais);
c) Combate às voçorocas (canais profundos abertos pelas enxurradas); e
d) Calagem (aplicação de calcário para corrigir a acidez do solo).

Revisão

Todo planejamento exige que, findo o processo, se avaliem os resultados. Assim, essa revisão pode constar das seguintes tarefas:

Observar os resultados: Aumentou a produção ? diminuiu a poluição ? por que isso ocorreu (ou não ocorreu) ? o que foi feito de errado ?

Comparar índices: Esta é outra tarefa de revisão, posterior às ações, que precisa ser feita, principalmente no que se refere à diminuição dos indicadores de poluição.

Replanejar: As etapas anteriores (resultados e índices) permitem ao Gestor Ambiental replanejar as ações, para que atinjam os resultados que delas se esperam. É o que se chama de feed back ou retro alimentação.

Fonte : Meio Ambiente Técnico e UFRRJ

Como tirar e colocar corretamente os EPIs




Veja também :

Curso em Goiás ensina proteção contra intoxicações na lavoura



Foram 4.789 casos de intoxicação por agrotóxicos no campo, com 171 pessoas mortas. Esses são os números do Ministério da Saúde do ano de 2010, que devem ser maiores porque nem todos os casos são relatados.

Em Goiás, há agricultores preocupados, buscando até curso para ensinar trabalhadores a usar o equipamento de proteção.

Trabalhadores desprotegidos aplicando veneno é realidade em muitas lavouras. O tomate está entre as culturas que mais recebem agrotóxicos, e podem intoxicar o trabalhador. Uma pesquisa da Universidade de Brasília analisou o sangue de trabalhadores rurais antes e depois do uso de agrotóxicos.

Saiba mais e veja o vídeo acessando o link abaixo:

Em 2010, 171 pessoas morreram intoxicadas no campo. Foram 4.789 casos de intoxicação registrados no país no período.